Ser espírita não é, simplesmente, frequentar as sessões
espíritas ou assistir a experiências de materialização, com a
curiosidade de quem vai a um espetáculo arrojado de trapézio,
num circo.
Ser espírita não é, somente, acreditar na sobrevivência dos
Espíritos após a morte do corpo, na possibilidade de se
comunicarem com os encarnados e na multiplicidade de
encarnações.
Ser espírita é fazermos aos outros o que queríamos que os
outros nos fizessem; é ser tolerante com as fraquezas alheias e
severos com as próprias; é não ser juiz das ações alheias, por mais
condenáveis que possam parecer aos conceitos humanos de
Moral.
Ser espírita é ser caridoso, mas não somente na prática da
Caridade material – que, geralmente, resume-se em darmos o que
não falta para nós. Essa Caridade é importante, pois com palavras
não se sacia a fome dos necessitados. Mas, lembremo-nos da
Caridade moral e respeitemos nossos semelhantes, considerando-os como iguais, não os humilhando com palavras rudes, animando
os que sofrem, estendendo as mãos ao infeliz – que ameaça
precipitar-se no abismo da imoralidade, dando assistência aos
doentes do corpo e do Espírito, perdoando as ofensas recebidas,
orando pelos Espíritos – para fazê-los sentir que sempre há
oportunidade para a volta ao caminho do bem.
Para ser espírita, na acepção perfeita do termo, é preciso ser
bom cristão.
A Caridade é a porta aberta para irmos a Deus.
Luz em Gotas - (M. Célia)- Gilberto Pontes Andrade